A nova variação do vírus, o 2019-nCoV descoberto na China, vem fazendo centenas de vítimas. Entenda do que este vírus se trata e o que dizem os especialistas.

Coronavírus é uma família de vírus bastante conhecida entre pesquisadores, responsável por causar desde resfriados e síndromes simples, até casos mais complexos, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). A proliferação desse vírus pode ocorrer tanto de uma pessoa para outra como por meio de contato próximo com uma pessoa doente. Recentemente, uma nova variação do Coronavírus foi descoberta, o 2019-nCoV, que tem sido responsável por centenas de mortes, além de gerar alarde na população mundial.

É importante salientar que os coronavírus são zoonóticos, ou seja, vírus capazes de ser transmitidos entre seres humanos e outros animais. Entretanto, isso não ocorre com todas as variações do coronavírus, sendo conhecidos alguns tipos que circulam exclusivamente entre animais.

O 2019-nCoV é a variação do vírus descoberta mais recentemente. Ele foi isolado em janeiro de 2020 e detectado primeiramente na cidade de Wuhan, na China. Seu primeiro relato oficial foi informado pela China à Organização Mundial da Saúde no dia 31 de dezembro de 2019, a partir da ocorrência de uma pneumonia de causas desconhecidas. A primeira morte ocorrida em decorrência desse novo vírus foi registrada no dia 11 de janeiro e, desde então, já foram contabilizados mais de 7 mil casos em todo o mundo e mais de 130 mortes.

Inicialmente, acreditou-se que a doença era transmitida apenas de animais para humanos, porém, com o aumento dos casos, descobriu-se que a transmissão poderia ocorrer também de uma pessoa para outra. Os sintomas causados pelo coronavírus incluem tosse, dificuldade respiratória e febre alta. Em caso de síndromes respiratórias graves, o paciente pode apresentar insuficiência renal e vir a óbito.

Assim como gripes e doenças comuns causadas por vírus, as doenças transmitidas pelo coronavírus podem ser prevenidas por meio de práticas simples de higiene pessoal, incluindo evitar contato próximo com pessoas que apresentam infecções respiratórias, lavar bem as mãos, evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca sem higienizar as mãos, evitar compartilhar objetos pessoais como copos e talheres, e consumir alimentos bem cozidos.

A palavra dos especialistas

Segundo o coordenador dos cursos de pós EAD em Farmácia da São Camilo, Prof. Dr. Marcelo Polacow (Vice-presidente do CRF-SP), foi elaborado, pelo Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, um informativo com orientações e cuidados, e o que é necessário conhecer em caso de uma eventual chegada do Coronavírus no Brasil, para que os farmacêuticos estejam preparados para agir.  Normalmente, o primeiro lugar onde a população vai buscar atendimento não é no hospital, e sim na farmácia e prontos-socorros. Então, neste caso, o farmacêutico deve ter os conhecimentos necessários para prevenção.

Além disso, como o laboratório de análises clínicas trabalha com material biológico, deve-se tomar cuidados de segurança. É muito importante ter, além do conhecimento, o preparo para realizar esta intervenção:

“É importante ressaltar que as especializações na área de farmácia, da São Camilo, tem dentro do sua grade curricular módulos que preparam o aluno para eventuais doenças infectocontagiosas e para estarem melhor preparados para uma eventual epidemia no Brasil”.

 

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