A primeira coisa que vem à mente quando se pensa em neuroeducação é a sala de aula. A ideia não está errada, segundo a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), a neuroeducação usa uma compreensão mais aprofundada do funcionamento do cérebro para embasar novos métodos de ensino que se adaptam às necessidades dos alunos. A prática tem resultados incríveis no ambiente acadêmico, é tão eficaz que foi incorporada por várias empresas ao redor do mundo.

Se as origens da neuroeducação estão na necessidade de repensar o ensino para ser mais inclusivo e funcional, hoje o conceito sofre uma mudança significativa. A menção a escolas continua válida, mas também devem ser incluídas: pesquisa e desenvolvimento, reabilitação cognitiva, áreas da saúde e o mundo corporativo.

 

Educação corporativa: o que é e onde entra a neuroeducação.

Para obter resultados, uma empresa precisa de uma equipe qualificada, que conheça bem a cultura e os objetivos da organização. Para suprir essa necessidade, surge a educação corporativa: estratégias, ações e sistemas de capacitação para colaboradores.

Assim como em salas de aula, o universo das empresas usa a neurociência como ferramenta para melhorar a retenção de informação e a aprendizagem de forma geral. Contudo também há outros objetivos como aumentar o engajamento e o desempenho. 

 

Exemplos práticos: grandes empresas que usam neuroeducação no dia a dia.
 

Desenvolvido em 2007 por Chade-Meng Yan e uma equipe de especialistas, o Search Inside Yourself (SIY) combina mindfulness, inteligência emocional e neurociência para capacitar colaboradores. O programa visa ajudar com o controle do estresse, o aumento do bem-estar geral e a melhora da convivência e colaboração.

Os participantes passam por três etapas interativas e participativas: Treinamento, integração e encerramento, entre os quais eles aprendem as técnicas, treinam a prática e criam estratégias para incrementar permanentemente a rotina. A iniciativa foi um sucesso com 93% de aprovação e, em 2012, a Google realizou uma expansão. Através da organização sem fins lucrativos, Search Inside Yourself Leadership Institute (SIYLI), o programa começou a ser utilizado em outras empresas.

 

O Viva Insights – parte da plataforma de Employee Experiece - é uma iniciativa cujo objetivo é aumentar o bem-estar organizacional, a produtividade e o desenvolvimento pessoal. Para esse propósito, os idealizadores incluíram recursos de treinamento e capacitação para ajudar os colaboradores a gerir melhor o tempo, reduzir o estresse e criar hábitos saudáveis.

O programa se tornou uma opção de contratação para várias empresas. Um estudo realizado pela Forrester Consulting, revelou que o investimento na Microsoft Viva gerou um retorno (ROI) de 327% em três anos. Eles precisavam de 75% menos tempo para encontrar informações e especialistas, novos funcionários se adaptaram 50% mais rápido, a rotatividade diminuiu em 20% e, com tudo isso, a equipe ganhou 24h de tempo operacional por semana.
 

Educação Corporativa é um tema abrangente quando se trata da Natura. A empresa disponibiliza a seus colaboradores vários programas para aperfeiçoamento de competências e assistência para transição de carreira. Só em 2023 foram quase 110 mil horas de capacitação.

No que se refere a neuroeducação, técnicas como gameficação se mostraram eficientes no ensino autônomo para consultoras de venda – oferecendo recompensas para quem fizesse os cursos. Os resultados mostraram melhora em hábitos digitais, habilidades de consultoria e, consequentemente, no número de vendas

A empresa também usa ciência de dados para analisar a jornada digital dos colaboradores e avaliar os níveis de engajamento e desempenho. Com base nessas informações, eles conectaram os membros da equipe com menores resultados a cursos de qualidade de tempo computacional. Dos que participaram do treinamento, 53% melhoraram sua eficiência digital e, consequentemente, seu desempenho.

A Siemens oferece vários programas de capacitação, seja para seus colaboradores diretos quanto para seu público. Alguns dos mais conhecidos são:

- Sitrain (Siemens Training Services), uma divisão de treinamentos industriais com abordagens personalizadas parar aprimorar as competências da equipe.

- Treinamento cirúrgico em realidade virtual, que utiliza tecnologia e inovação com imagens móveis em 3D (sistema Cios Spin) para treinar cirurgiões com imersão em VR.

  • Petrobras: treinamento com realidade virtual

A petrolífera nacional colaborou com o Instituto de Ciência e Tecnologia (Sidia) e criou um programa que utiliza VR para capacitar seus funcionários. A proposta é ir além dos métodos convencionais de educação para aumentar a taxa de aprendizagem dos colaboradores.

Para isso, são replicadas condições reais de trabalho. O objetivo é oferecer um ambiente controlado no qual o colaborador possa praticar procedimentos e protocolos de segurança. “Consideramos interessante e eficaz a ideia de reforçar o conhecimento em um ambiente de realidade virtual, de forma lúdica”, (gerente geral da Unidade de Negócio no Amazonas da Petrobras, Gilberto Hosokawa).

 

Conclusão:

A neuroeducação não apenas se favorece das novas tecnologias, mas também está por trás dela. Sua importância no cotidiano das empresas é um fator diretamente proporcional a eficiência, produtividade e produção. Nomes como Microsoft, Meta e Siemens utilizam essa técnica - e as ferramentas modernas, como o VR, associadas - para criar ainda mais inovação. 

Uma especialização na área não tem ligação apenas com o ambiente escolar, mas abre portas no mercado empresarial.  Capacitação de funcionários é uma tendência, criar programas de treinamento, seja para uso interno ou para comercialização, é uma prática comum em grandes empresas e, para que isso seja possível, profissionais especializados em neuroeducação são essenciais. 

Use estratégias práticas de ensino, com foco em potencializar a aprendizagem e a compreensão, para alavancar sua carreira. Com a Pós EAD São Camilo em Neuroeducação, você se torna essencial para o futuro das maiores empresas do mundo.

 

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