Desde sempre o corpo é fonte inesgotável de mistério.

No entanto, existem caminhos possíveis para chegar ao desvendamento de alguns de seus mistérios.

Doenças e curas, mesmo que raras ou que se dê de modo individual, por uma série de questões físicas, metabólicas, fisiológicas ou mentais, podem encontrar seu lugar de serem solucionadas e tratadas, de alguma forma, com o auxílio e amparo de medicamentos.

Os medicamentos existem desde sempre.

A princípio utilizando mais comumente de elementos naturais, até, hoje em dia, envolver processos tecnológicos avançadíssimos. 

O conceito de medicamento como uma droga

De acordo com artigo publicado no site da UFRGS, temos:

O conceito de “droga” é bastante amplo, de modo que este universo de substâncias – que, quando ingeridas, alteram nossa fisiologia – é extremamente diverso. De acordo com o DrugBank, havia, em junho de 2020, 13.570 drogas registradas. Contam-se, aí, fármacos com propriedades terapêuticas (desde descongestionantes nasais até antibióticos e antidepressivos, passando por substâncias complexas que não encontramos em farmácias comuns, como anticorpos monoclonais), drogas ilícitas, nutracêuticos, fármacos experimentais e até mesmo alguns fármacos já retirados do mercado.

Ou seja, há um vasto caminho de possibilidades do que é considerado "drogas" hoje em dia. 

Mas como será o trajeto que um medicamento faz até chegar na fase de ser comercializado, receitado e "consumido" por todos nós?

É o que veremos abaixo:

Medicamentos e suas fases de desenvolvimento

Quando nos deparamos com toda a cadeia produtiva de um medicamento, nos damos conta do quanto o processo é extenso, seguro e precisa ser valorizado.

As fases consistem em três etapas. Com uma quarta etapa "bônus".

A fase I, que é chamada de pré-clínica, consiste em testes em células isoladas (in vitro) e em animais (in vivo). 

Aqui é testada a segurança do fármaco. Para criar o entendimento de que tal composto é seguro e não causará danos ao ser incorporado ao organismo humano. 

Ela dura muitos meses. Nela participam pessoas saudáveis. Que não necessitam daquele medicamento para tratamento. 

Depois, temos a fase II, a chamada fase clínica. Aqui é testada a eficácia do medicamento ao que ele se propõe. 

Na fase essa eficácia não é posta à prova, pois cada fase respeita uma testagem diferente. E é preciso respeitar cada uma delas. 

A quantidade de participantes ainda é limitada, mas eles representam os pacientes que necessitam do tratamento proposto por aquele fármaco. 

Assim, pode-se comprovar se ele "funciona" ou não.

Passada a fase II, entra-se na fase III, que é a mais complexa de todas. 

A que dura anos para ser realizada. 

Nela, realiza-se o teste com uma quantidade muito grande de pessoas. De modo aleatório e sem ser comunicado o fim dele, para que não haja um efeito de indução da reação (o chamado efeito placebo). 

Essa fase é a que leva mais tempo, pois além de testar o fim daquele medicamento, se ele serve ao propósito para o qual foi desenvolvido, ele precisa reagir com outros medicamentos para mostrar sua eficácia. Ele precisa provar que é o mais indicado, dentre tantos, para o devido fim. E que ele consegue realizar o que nenhum outro consegue. Ou seja, é necessário comprovar sua relevância. 

Após a fase III de desenvolvimento do medicamento 

Depois de ser aprovado nas três etapas, o medicamento pode finalmente passar pela fase da aprovação e regulação para, enfim, começar a ser distribuído e comercializado. 

Ainda de acordo com o site da UFRGS, 

“O registro de um novo medicamento é um processo burocrático, mas importante por uma série de razões. Uma delas é orientar os usos e as dosagens indicadas, de acordo com os quadros e as características de cada paciente. Isso é disponibilizado na bula do medicamento.”

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão que regulamenta e registra os medicamentos no Brasil. 

E há uma grande rigidez em todo esse processo. Por isso leva tanto tempo para que um medicamento seja desenvolvido e aprovado. 

Há, ainda, uma fase IV do processo. A fase em que o medicamento já está sendo utilizado por muitas pessoas, em diferentes condições. Nesta fase é testada sua circulação, eficácia de fato e como se comportam ao longo do tempo e dos usos. 

Após mais essas constatações, pode acontecer de o medicamento ser recolhido, por não atender mais às demandas.

Mas, pode acontecer, por outro lado, de um medicamento se mostrar útil e com serventia a outros propósitos. Assim, há a incorporação desses outros benefícios e fins em sua composição. 

Há a estimativa de que todo ano 25 mil compostos iniciam suas fases de teste para virarem medicamentos a serem utilizados. No entanto, somente 25 chegam à fase II e, desses, apenas 5 são registrados e passam a ser considerados medicamentos aptos a integrar receitas, prateleiras e a casa das pessoas.

Farmácia e Farmacologia

É indiscutível a importância de todo esse processo para que todos possamos receber medicamentos seguramente. E com a confiança de que determinada doença ou problema será resolvido a partir dele.
Portanto, a profissão de farmacêutico é essencial.
E é igualmente essencial e indispensável que toda essa cadeia seja composta por pessoas competentes.
O mercado exige que seus profissionais apresentem características que os façam atuar com excelência. 
A São Camilo reconhece essa necessidade. 
Por isso, se compromete seriamente com a formação de seus alunos e profissionais que irão para o mercado.
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