Uma coisa é falar que os brasileiros são os mais ansiosos do mundo, os que mais consomem drogas para dormir e onde estão alguns dos mais altos índices de depressão e suicídios. Tudo isso é muito sério, tem graves consequências a médio e longo prazo e deveria ser motivo suficiente para políticas de saúde pública e educacionais. Mas a conversa muda e fica ainda mais séria quando o assunto é o aumento do número de crianças com graves transtornos emocionais.

— Uma coisa tem a ver com a outra? — Talvez você se pergunte. Sem dúvida. É muito provável que pais depressivos, ansiosos, estressados e doentes emocionalmente transmitam essa “herança maldita” para seus filhos.

Já faz tempo que não é mais novidade crianças sendo diagnosticadas com depressão. Se era absurdo jovens de 20 e poucos anos tomando ansiolítico, o que dizer de crianças?

Além disso, hiperatividade e o TDAH são praticamente uma epidemia nas escolas. Um problema para o qual pouquíssimos pais e professores estão preparados para lidar.

 

A pandemia de Covid-19 potencializou muitos desses problemas. 

Uma a cada 4 crianças e adolescentes teve sinais de ansiedade e depressão na pandemia, aponta estudo dirigido pelo psiquiatra de crianças e adolescentes Guilherme Polanczyk.

Polanczyk chama atenção para o que ele denomina de “o custo da pandemia sobre a saúde mental de crianças e adolescentes” e diz que é um tremendo erro ignorar o impacto da pandemia nas crianças apenas porque elas sofrem infecções mais brandas.

Segundo o psiquiatra e pesquisador, embora apresentem manifestações clínicas mais brandas do que adultos e idosos, “o impacto da pandemia sobre a sua saúde mental deverá ser da mesma magnitude, talvez maior. A expectativa é que as consequências do isolamento social, da ameaça contra a vida e das perdas econômicas sobre a saúde mental da população – inclusive de crianças e adolescentes – representem uma “segunda onda” da pandemia, com enormes custos sociais”.

Atenta a isso, a Fundação Abrinq  também lança luz sobre esse cenário  e propõe que pais, professores e profissionais da saúde estejam atentos a comportamentos que têm se tornado comuns, mas que podem representar a existência de algum transtorno emocional:

- Choro excessivo e sem motivo;

- Crianças normalmente extrovertidas que se fecham ou deixam de conversar;

- Insônia;

- Perda de apetite ou compulsão por comida;

- Irritabilidade e impaciência;

- Ansiedade;

- Falta de paciência;

- Tristeza profunda e/ou depressão.

 

A Importância do Neuroeducador

O Neuroeducador é o profissional capaz de construir um planejamento individualizado para cada pessoa, na medida em que observa como cada um pode ser melhorado em suas potencialidades através da modificação do comportamento.

Esse profissional entende como se dá a construção do conhecimento por meio da transformação e experiência. Assim, ele pode identificar quais regiões do cérebro precisam ser ativadas a fim de aprimorar o desempenho das funções cognitivas responsáveis pela aprendizagem.

É por isso que o profissional da saúde ou educação que é especializado em Neuroeducação tem um papel imprescindível para ajudar crianças e adolescentes na superação de transtornos emocionais.

 

Se você se interessa pelo assunto, clique aqui e conheça a Pós EAD em Neuroeducação do Centro Universitário São Camilo.


 

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