Pensar o indivíduo e sua complexidade não é tarefa fácil. 

Há que se levar em conta inúmeros fatores, contextos e pontos de vista extremamente relevantes para o entendimento de cada um.

Agora, pegue esse indivíduo, que tem uma dimensão social e uma dimensão subjetiva específica, insira em um contexto familiar.

Pronto!

O social estará presente ainda, o subjetivo também. Mas, neste contexto, o que conta mais? Sob quais influências cada um dos envolvidos está exercendo sua parentalidade?

Pois bem, a Terapia Familiar é uma prática complexa, atravessada por nuances e dez vezes mais complexidades. 

E é para ela que estamos olhando.
E o terapeuta familiar em um âmbito do Serviço Social?

Por muito tempo, não se pensava ser possível associar um assistente social ao papel de terapeuta. 

Foi uma briga de longa data, a fim de dar visibilidade a esta prática das ciências humanas que percorre longa jornada para entender e dar suporte a indivíduos inseridos nos mais diversos condicionamentos do não atendimento de suas necessidades mais básicas.

E, com isso, o assistente social é um profissional com vasta experiência e habilidade para tratar psiquicamente este sujeito.

E precisa estar apto e disposto a buscar referências tanto nas ciências, academia, bases teóricas várias, pensamentos psicanalíticos, e, por fim, ao "berço" daquele indivíduo assistido.

Digo de "berço" quando estou me referindo a de quais influências, possibilidades, faltas e convivências íntimas ele participou em sua trajetória? 

É uma busca a ser feita e, jamais, ignorada. 

A formação 

A formação em terapia familiar associa em um só curso uma gama de estudos, que se inserem em diversos e expressivos ramos das ciências humanas. 

É principalmente para graduados em Serviço Social, mas não se encerram aí as possibilidades.

Quem se interessa por esta área que busca estabelecer e configurar suas bases nas relações entre os indivíduos que compõem uma família, para entender em que ponto do trajeto cada um se encontra, e, assim, conseguir tratar, conter ou fazer avançar importantes discussões pode fazer parte dessa formação de extrema relevância no âmbito de convívio micro e macro.

A terapeuta familiar Rosimeire A. Winter, membro da Associação de Terapia de Família do Rio de Janeiro destaca sua trajetória e nos conta como tem sido o caminho que escolheu (ou que a convocou):

"A luta continuou em prol do reconhecimento e de se fazer justiça aos assistentes sociais especializados nas diversas linhas das abordagens psicoterápicas, pois custa tanto quanto aos demais especialistas de outras origens acadêmicas.

[...]

Assim, me vejo atuando nos dois lados da moeda, facilitando o processo da pessoa atendida em sua individualidade, na condição de sujeito autônomo e na garantia de seus direitos, garantindo os vínculos familiares, os valores culturais; num processo de pertencimento e diferenciação, tanto nas relações com as famílias que atendo, quanto na relação com minha origem acadêmica."

Quer saber mais sobre essa nobre profissão? 

A São Camilo oferece a Pós-graduação em Terapia Familiar

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