Muitas pessoas, principalmente nos grandes centros urbanos, são acometidas pela insônia.
A insônia é um distúrbio que apresenta-se como a dificuldade de dormir e pode variar entre os períodos da noite: começo do sono ou despertares no meio da noite.
Em ambos os casos causa danos à saúde de quem sofre com ela.
Os fatores são diversos e nem sempre se apresentam claramente.
É necessário que haja um acompanhamento profissional, quando se percebe alguma constância no quadro.
E, por esse motivo, e por haver certa facilitação ao acesso a medicamentos, cada vez mais, jovens têm feito uso indiscriminado de medicamentos, por conta própria, para tratar do distúrbio. E na maioria das vezes sem acompanhamento médico, se automedicando, e não fazendo qualquer controle das quantidades e frequências de uso.
Remédio para insônia: vilão ou aliado?
Um dos medicamentos que tem feito sucesso entre os jovens e jovens adultos ultimamente é o remédio conhecido como Zolpidem.
Conhecido por seu efeito hipnótico e atuante em um dos receptores cerebrais, o medicamento age no cérebro como se estivesse desligando ele bruscamente.
A diferença entre o sono "natural" e o sono sob efeito do fármaco é que no processo de adormecimento natural esse efeito de desligar se dá aos poucos. Ao contrário do que o Zolpidem causa.
Por conta disso, muitas pessoas com dificuldades reais de dormir veem nele um verdadeiro salvador de suas vidas e de suas noites de sono.
Médicos até recomendam a quem precisa de fato. No entanto, a recomendação tem prazo determinado, e não pode passar de quatro semanas. Nesses casos, o medicamento é um grande aliado.
Mas como ele vem sendo utilizado indiscriminadamente, fazendo parte até dos assuntos super comentados das redes sociais, com jovens fazendo piadas sobre o uso e estimulando que outras pessoas se juntem, caracteriza uma preocupação para todos, com grande risco à saúde.
O risco
O uso recreativo, a princípio, pode levar à dependência e, a longo prazo, à falta de efeito no organismo. Com a necessidade de doses cada vez maiores, para efeitos cada vez menores.
Por isso, é necessário que o fármaco seja tratado como o que de fato é, que seja dada a devida importância aos possíveis distúrbios do sono e que outras medidas sejam adotadas, para que o problema seja tratado sob vários aspectos e acompanhamentos especializados.