Em um artigo que a especialista em Assuntos Científicos e MSL da Science to Farm, Raquel Tayar Nogueira, escreveu para o LinkedIn sobre o papel do Medical Science Liaison (MSL), ela diz que “embora a profissão de MSL tenha começado nos anos 60 nos Estados Unidos, pouco se sabe sobre a carreira do MSL no Brasil”. No entanto, mesmo sendo relativamente nova no país, a função de MSL têm crescido e se adaptado rapidamente nos últimos anos.
Para aqueles que estão pensando se é ou não uma boa ideia investir na carreira de MSL, Raquel Nogueira oferece uma preciosa reflexão de Martijn Bijker, fundador e diretor de "From Science to Pharma – FSTP", sobre o papel de um MSL:
“Como muitos cientistas, eu gostava de ler e discutir sobre novas e excitantes descobertas científicas com meus colegas de pesquisa. No entanto, quando eu era pesquisador, descobri que ler e falar sobre ciência significava geralmente falar dos experimentos do dia-a-dia. Eu frequentemente me sentia muito solitário (e entediado) trabalhando por exaustivas horas atrás de uma máquina de citometria de fluxo em um local escuro. A parte divertida da ciência estava rapidamente se desgastando, então, depois de 3 anos e meio de pós-doutorado, decidi mudar para um cargo de Medical Science Liaison (MSL) na indústria farmacêutica na Abbott. E assim começou uma nova carreira para mim que agora incluía todos os itens do cardápio da ciência, os quais eu havia perdido durante meu pós-doutorado.”
Se você também ficou animado, vai gostar ainda mais de saber que, de acordo com uma pesquisa da SBPPC, “a função de MSL pode ser uma oportunidade de carreira para um amplo grupo de pessoas no Brasil, incluindo os muitos pesquisadores (PhD), pós-docs e farmacêuticos que o país possui”.
Isso é muito bom porque a carreira não apenas é empolgante, mas também tem bons salários e oferece muitas oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
Em seu artigo, Raquel Nogueira diz que “o salário inicial do MSL gira em torno de R$ 10 mil, podendo chegar a R$ 15 mil em média após 2-4 anos de experiência, o que pode ser um incentivo adicional para pesquisadores de doutorado e pós-doc migrarem da ciência para a indústria farmacêutica e ainda poderem falar sobre ciência (médica) no seu dia-a-dia”.
Mas, o que um MSL faz no dia-a-dia?
Na pesquisa que a SBPPC fez com profissionais de MSL no Brasil mostrou que 70% do tempo desses profissionais é gasto com:
- visitar líderes de opinião e identificar novos líderes de opinião;
- manter-se atualizado;
- colaborar com outro MSL e com outro departamento da empresa;
- treinamento de colaboradores da empresa;
- ministrar palestras para grupos de profissionais;
- organizar eventos científicos;
- participar de congressos;
- viajar.
Ou seja, o perfil do MSL é de um profissional que gosta de se manter atualizado nas matérias médicas e científicas, que tem familiaridade com estudos e pesquisas na área de saúde, que se sente confortável conversando com líderes de opinião e conversando ou ensinando sobre ciência.
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