Medicamentos de referência, genéricos e similares têm algumas diferenças, e a eficácia dos medicamentos genéricos ainda é questionada por médicos.
Atualmente, cerca de 30% das vendas em farmácias são de medicamentos genéricos. Uma pesquisa da ProTeste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor mostra que aproximadamente 86% dos brasileiros já tiveram um medicamento de referência substituído por um genérico, por sugestão de um farmacêutico.
Nem todo mundo sabe qual a diferença entre os medicamentos de referência, os genéricos e os similares. De acordo com o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), as diferenças são as seguintes:
Medicamentos de referência
Também conhecidos como medicamentos de marca, são aqueles que, em geral, foram os pioneiros no tratamento de alguma doença; assim, a eficácia, a segurança e a qualidade foram conferidos na ocasião de seu registro, por meio de testes e provas científicas. Aspirina e Buscopan são grandes exemplos.
Medicamentos genéricos
São os medicamentos intercambiáveis com medicamentos de referência, ou seja, podem substituir os de referência. Os genéricos devem possuir as mesmas características e efeitos, garantia concedida pelo Ministério da Saúde. Por isso, esses medicamentos passam por testes de bioequivalência farmacêutica. Contudo, a substituição só pode ser feita se o médico que acompanha o paciente não se opuser.
Medicamentos similares
Já os medicamentos similares contêm o mesmo princípio ativo dos medicamentos de referência; além disso, apresentam mesmas concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação. Contudo, os medicamentos similares e os medicamentos de referência não são bioequivalentes, justamente porque não passam pelos mesmos testes e análises que os medicamentos genéricos. A qualidade dos medicamentos similares, todavia, é assegurada pelo Ministério da Saúde.
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Eficácia dos medicamentos genéricos
De acordo com pesquisa da ProTeste realizada com médicos ainda existe desconfiança no meio médico em relação à eficácia dos medicamentos genéricos, ao passo que a população confia no uso desse tipo de medicamento. Abaixo, alguns dados levantados pela referida pesquisa:
• 91% dos participantes da pesquisa não recebem informações ou comunicados da Anvisa sobre genéricos.
• 58% receitam medicamentos genéricos com frequência, enquanto 4% nunca os prescreveram.
• 59% dos entrevistados preferem receitar medicamentos de referência a genéricos.
• Se o paciente solicitar o uso de genéricos, 70% dos médicos aceitariam o pedido, mas receitariam com ressalvas. Entre eles, 30% explicariam que os de marca são mais confiáveis, 26% diriam que os de referência são mais eficazes e 15% receitariam sem restrições.
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