É comum os brasileiros terem em casa uma farmácia particular com remédios sem tarja ou de plantas medicinais. Eles são de grande utilidade nos contratempos da rotina, quando o cansaço, o estresse, as dores de cabeça, a coriza ou o resfriado atacam e impossibilitam a pessoa de seguir com seus afazeres cotidianos. Contudo, a automedicação passa a ser um problema sério quando esse hábito se torna comum, negligenciando a consulta de um profissional médico ou farmacêutico. 
 

Apesar de a orientação do Ministério da Saúde ser clara ao indicar a necessidade de se buscar um médico quando há suspeita de qualquer doença ou problema de saúde, muitas pessoas ignoram essa orientação e fazem uso da automedicação. É sabido que a amoxilina, por exemplo, é sempre indicada para infecções na garganta, e, com isso em mente, alguns pacientes optam por comprar o remédio (ou pegá-lo em postos de saúde) antes mesmo de consultar um profissional especializado. No entanto, medicamentos para controlar infecções bacterianas devem ser usados com cautela.
 

Medicamentos devem ser administrados na dose prescrita e seguindo os horários corretos  e os intervalos entre uma dose e outra. A prática do uso irracional de medicamentos pode gerar danos sérios à saúde, e, em vez de cessar as dores e os incômodos, acaba agravando a doença ao “esconder” determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, o uso abusivo pode aumentar a resistência dos microrganismos, o que compromete a eficácia do tratamento.
 

O uso irracional ou inadequado de medicamentos é um dos maiores problemas em nível mundial. A OMS estima que mais da metade de todos os remédios é prescrita, dispensada ​​ou vendida de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza corretamente. 

 

Exemplos de uso irracional de medicamentos incluem:

- Uso de muitos medicamentos por paciente ("polifarmácia").

- Uso inadequado de antimicrobianos, muitas vezes em dosagem inadequada, para infecções não bacterianas.

- Excesso de uso de injeções quando formulações orais seriam mais apropriadas.

- Falta de prescrição de acordo com as diretrizes clínicas.

- Não aderência aos regimes de dosagem.

 

Consequências da automedicação

O uso de medicamentos sem prescrição médica pode causar diversos problemas, sendo um deles a intoxicação. De acordo com a Anvisa, os medicamentos que mais causam intoxicação são os das classes dos analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Outra preocupação em relação ao uso dos remédios refere-se à combinação inadequada. Muitas pessoas não sabem, mas o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito de outro, e, ao se fazer combinações inadequadas, podem ocorrer problemas ainda mais graves à saúde, inclusive o risco de morte.
 

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Fonte: idec.org.brendocrino.org.brprodoctor.netsaude.gov.br

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