Você sabia que a resistência aos antibióticos é considerada uma das maiores ameaças à saúde global atualmente? Essa ameaça é tão urgente que a ONU define a situação como alarmante e promove todos os anos no mês de novembro a Semana Mundial de Conscientização Sobre o Uso de Antibióticos.
O objetivo da campanha é aumentar a conscientização sobre a resistência a antibióticos e incentivar as melhores práticas entre o público em geral, profissionais de saúde e formuladores de políticas para evitar o surgimento e a disseminação de resistência a antibióticos.
Desde a descoberta da penicilina em 1928, os antibióticos são fundamentais na medicina moderna. Mas seu uso excessivo e persistente na saúde humana e animal incentivou o surgimento e a disseminação da resistência a antibióticos, que é o que acontece quando as bactérias tornam-se resistentes aos medicamentos usados para tratá-las.
Resistência antimicrobiana: uma grave ameaça
Quando microorganismos, como bactérias, fungos, vírus e parasitas mudam quando são expostos a medicamentos antimicrobianos, como antibióticos, antifúngicos, antivirais, antimaláricos e anti-helmínticos, em vez de serem destruídos, temos a resistência antimicrobiana.
O resultado é que os medicamentos se tornam ineficazes diante dessas “superbactérias” e as infecções persistem no organismo, aumentando o risco de propagação para outras pessoas.
É por isso que a resistência antimicrobiana é uma grave ameaça à saúde pública global que requer ação em todos os setores governamentais e na sociedade, pois põe em risco a prevenção e o tratamento eficaz de uma gama cada vez maior de infecções.
A ineficácia dos antibióticos deixaria uma grande quantidade de pessoas totalmente vulneráveis a infecções, tanto as infecções adquiridas na comunidade e também as adquiridas em hospitais, causando grande aumento nos custos de assistência médica devido à necessidade de medicamentos mais caros e uma estadia hospitalar prolongada.
Bactérias resistências ao tratamento com antibióticos são um problema seríssimo e são responsáveis pelo aumento da mortalidade de pacientes internados em hospitais, afetando a maioria dos pacientes frágeis, em unidades de terapia intensiva, oncologia e neonatologia, que geralmente resultam em alta mortalidade.
O que fazer para evitar a resistência bacteriana aos antibióticos?
A resistência antimicrobiana é um problema complexo que afeta toda a sociedade e é impulsionada por muitos fatores interconectados. Mas, as principais ações que contribuem para a contenção da resistência antimicrobiana são:
- Prescrição adequada,
- Educação comunitária,
- Monitoramento da resistência e infecções associadas à assistência à saúde,
- O cumprimento da legislação sobre uso e dispensação de antimicrobianos.
Como orienta a Agência Sanitária do Ministério da Saúde, “intervenções isoladas têm impacto limitado, sendo necessária uma ação coordenada para minimizar o surgimento e a disseminação da resistência antimicrobiana, bem como investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos antimicrobianos, vacinas e ferramentas de diagnóstico”.
Se você tem interesse nesse assunto e quer se capacitar para lidar com essa realidade, conheça as pós-graduações na área de Saúde do Centro Universitário São Camilo.