Elas são lindas, bem sucedidas, têm milhares ou milhões de seguidores nas redes sociais e tudo o que elas falam é lei para grande parte da sua audiência sempre sedenta de dicas e truques para ter um corpo bonito e saudável.

Os influencers fitness compartilham suas dietas, suplementos e exercícios com a autoridade de quem construiu um corpo que estampa capas de revistas e desperta desejo e admiração. Mas a grande maioria dessas personalidades que dominam redes sociais como Instagram e Tiktok e falam diariamente para milhões de pessoas sobre nutrição e exercícios… não têm formação na área.

Muitas pessoas se deixam levar pela autoridade ilusória do influenciador e se esquecem que exercícios e dietas podem funcionar muito bem para uma pessoa, e não funcionar ou até mesmo provocar resultados adversos para outras.

Pode até funcionar a “dieta do ovo” para a Nicole Kidman ou a “dieta das 600 calorias” para a Angelina Jolie, mas é um risco quando outra pessoa faz o mesmo sem o devido acompanhamento médico.

O mesmo vale para programa de exercícios, ingestão de suplementos e práticas alimentares que, com ou sem embasamento científico, são recomendadas aleatoriamente para qualquer pessoa.

O problema não é só a falta de base científica
Muitos apontam que o problemas de influencers atuando na nutrição e no preparo físico é que eles dão orientações sem embasamento científico.

No entanto, mesmo que orientações nutricionais e programas de exercícios físicos estejam de acordo com evidências científicas, eles jamais poderiam ser recomendados de modo aleatório

Como Nutricionistas e Preparadores Físicos profissionais trabalham
É por isso que um preparador físico vai pedir exames médicos à sua cliente e fazer uma avaliação minuciosa antes de prescrever um programa de exercícios que vai dar a ela os benefícios que ela deseja sem causar lesões ou agravar algum problema de saúde.

Nutricionistas não recomendam o que funciona para elas. Elas foram treinadas para avaliar o cliente com a ajuda de exames médicos, identificar as deficiências e elaborar um plano de nutrição, durante o qual ela acompanhará o cliente e fará possíveis ajustes.

Há ótimas nutricionistas nas redes sociais. Alessandra Luglio é uma nutricionista vegana com 186 mil seguidores. A nutricionista Aline Quissak ensina seus mais de 168 mil seguidores no Instagram os segredos da alimentação terapêutica.

Paulo Muzy é um médico especializado em Medicina Esportiva que fala para 4,9 milhões de seguidores sobre musculação, hipertrofia e outros assuntos.

No entanto, todas as orientações desses profissionais nas redes sociais são generalistas e não devem ser tomadas por ninguém como uma recomendação profissional.

Se alguém, motivado pelo conteúdo de algum influenciador, resolver começar uma dieta ou praticar exercícios físicos — ele deve começar procurando um profissional para fazer uma avaliação e receber orientações adequadas às suas condições e objetivos.

Afinal, cada cliente tem características, objetivos e históricos que são únicos e que devem ser levados em conta pelo profissional que o atender.

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