Trata-se de um novo tipo de fenômeno com proporções pandêmicas, e, por isso, deram ao excesso de informações, especialmente as veiculadas através das redes sociais, o nome de infodemia.
Esse fenômeno ganhou notoriedade em 2020, quando a pandemia de covid-19 se alastrou no mundo inteiro, estimulando o consumo e o compartilhamento desenfreado de todo tipo de informações. Essa pandemia, por se tratar de um evento desconhecido, reverteu a informação em desinformação.
A infodemia não é um fenômeno novo na sociedade, pois o próprio criador do termo, o jornalista norte-americano David J. Rothkopf, mencionou-o pela primeira vez em sua coluna no jornal Washington Post em 2003, definindo-a como:
“Alguns fatos, misturados com medo, especulação e boato, amplificados e transmitidos rapidamente em todo o mundo pelas modernas tecnologias da informação, afetaram as economias nacionais e internacionais, a política e até a segurança de maneiras totalmente desproporcionais às realidades básicas”.
Até a Organização Mundial da Saúde reconheceu e identificou os prejuízos do excesso de informações, que dificultou a divulgação de informações idôneas, além de proporcionar maior desinformação, desorientação, teorias conspiratórias e fake news, tudo como consequência da infodemia.
Causas da infodemia
Diariamente somos sobrecarregados de informações na internet. São mensagens, vídeos, áudios, podcasts, vlogs, blogs, redes sociais. Todos esses veículos estão em busca de conquistar o maior número de pessoas possível, razão pela qual, muitas vezes, acabam difundindo notícias sem verificar antes se a informação está completa ou até mesmo se é verdadeira.
E esse excesso de informação acaba prejudicando as pessoas em suas tomadas de decisão.
Em 2021, a Kaspersky realizou um estudo cujo resultado apontou que 78% dos brasileiros sentem o peso do excesso de informações. Durante a pandemia de covid-19, mais de 50% dos brasileiros acabaram consumindo mais notícias do que nos anos anteriores, gerando um desgaste ainda maior sobre a quantidade de informações de um mesmo tema.
Como consequência disso, alastrou-se o compartilhamento de notícias falsas e de informações incorretas sobre a doença e sobre como a vacina age no combate à covid-19, um cenário que acabou incentivando muitos brasileiros a optar por não tomar as vacinas.
Como combater a infodemia
Esse período de pandemia tem trazido grandes aprendizados em diversos sentidos e também em relação à infodemia.
Uma das melhores maneiras de combater o excesso de informações falsas é sempre recorrer a fontes confiáveis.
Vamos citar aqui 7 hábitos que podemos desenvolver antes de compartilhar qualquer informação:
1. Não leia apenas o título da notícia, e sim todo conteúdo.
2. Diferencie a informação, veja se é um fato comprovado ou apenas uma opinião do autor.
3. Pesquise sobre a fonte do conteúdo que você está consumindo.
4. Confira se o veículo de informação é confiável.
5. Verifique a data de publicação da informação.
6. Compare essa informação com outras informações vindas de veículos oficiais.
7. Não compartilhe uma informação se não tiver certeza de sua procedência.
Com essas atitudes, estaremos cuidando da nossa própria exaustão emocional causada pela infodemia e evitando que outras pessoas sofram com o excesso de informações incorretas. Vale lembrar que a pluralidade de informações é uma coisa positiva e pode ser benéfica para estimular nosso perfil analítico, por isso, não deixe de se informar e pesquisar.
Gostou deste conteúdo? Continue conosco e fique por dentro das notícias São Camilo.