O mundo dos investimentos vem sofrendo uma sacudida de uns tempos para cá, por conta da instabilidade causada pela pandemia do novo coronavírus, que modificou as formas de consumo e freou a expansão da produção. Entenda como anda o setor de investimentos durante esse período.
 
O gerenciamento de investimentos é o ramo da gestão que trata das principais ferramentas e oportunidades de investimentos no Brasil, e também proporciona uma introdução ao universo das finanças.
 
Segundo o Prof. Dr. Róbison Castro, docente dos cursos de Gestão da São Camilo, “Gestão de Investimentos é a atividade permanente de elaborar, executar e monitorar uma carteira de investimentos, com base nos parâmetros que foram definidos para esta carteira. A gestão de investimentos envolve a análise das seguintes variáveis:
 
• Riscos: Uma carteira de investimentos inclui aplicações com variados graus de risco. O objetivo é aumentar o patrimônio sempre, mesmo que você não controle todas as variáveis (troca de governos, crises, novos impostos etc.), o que leva ao próximo ponto.
• Consistência: Olhar para a aplicação que rendeu mais no ano passado e trocar de posição não é uma ‘estratégia’ nem algo muito inteligente. Afinal, o contexto é outro. O correto é procurar quais opções sofreram menos oscilações ao longo dos anos.
• Conhecimento: Para quem desconhece um determinado setor mas, ainda assim, quer experimentá-lo, o melhor é colocar o dinheiro aos cuidados de um gestor especializado. 
• Qualidade: Tudo tem o seu preço; portanto, deve-se evitar aplicar sem um fundamento (apenas porque está barato, por exemplo).
• Persistência: Investir é para o longo prazo; portanto, não se deve desistir ou fazer mudanças drásticas na primeira reversão do mercado”.
 
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Conversamos com o Prof. Dr. Róbison Castro para saber um pouco mais sobre as implicações da pandemia na área de investimentos no Brasil e o que isso acarreta na atividade dos investidores:

Quais os impactos da pandemia no setor de investimentos brasileiro?

Prof. Dr. Róbison Castro – Os impactos foram significativos, pois é necessário verificar os efeitos de curto e médio prazo do impacto da pandemia sobre as contas públicas e sobre cada setor da economia. De uma forma geral, a pandemia prejudicou significativamente a atividade econômica e a gestão fiscal do setor público. Por sua vez, alguns setores ganharam com a pandemia, em função de suas especificidades; outros estão com preço de aquisição excelente, pois, embora tenha havido um impacto forte de curto prazo, rapidamente se recuperarão. Toda crise gera perdas, mas também oportunidades.
 

Qual é a importância da gestão de investimentos num cenário de pandemia?

Prof. Dr. Róbison Castro – Fundamental, pois simplesmente deixar os recursos parados certamente vai gerar prejuízos, bem como decisões que se baseiam apenas no impacto de curto prazo. Como dito acima, é necessário verificar os efeitos de curto e médio prazo do impacto da pandemia sobre as contas públicas e sobre cada setor da economia, para, em cima dessa análise, verificar em que nível e velocidade se devem realizar os ajustes na carteira de investimentos em função dos objetivos para ela traçados. A pandemia alterou fortemente o cenário, e novas análises e decisões do gestor se tornaram necessárias, bem como o acompanhamento dos próximos desdobramentos nesse cenário de maior incerteza.
 

Quais os benefícios de uma especialização na área de investimentos?

Prof. Dr. Róbison Castro – Além do especialista poder gerir com conhecimento seus próprios investimentos em qualquer modalidade de investimento existente no mercado brasileiro, poderá trabalhar como consultor de investimentos, como gestor no mercado de fundos, nas corretoras e nas gestoras de valores mobiliários, bem como na área de investimentos das demais organizações dos setores bancário e financeiro.
 
Róbison Gonçalves de Castro – Doutor e Mestre em Administração e Estratégia pela Unisul; graduado em Administração e Gerência; especialista em Economia do Setor Público, em Turismo e Desenvolvimento Sustentável, em Licitações e Contratos, em Docência Superior e em Educação a Distância. No setor público, sou servidor de carreira do Senado Federal desde 1993, no cargo de Consultor de Orçamentos. Venho atuando com EAD desde 2005, o que me faz entender essa modalidade de ensino como uma enorme oportunidade para que um país de dimensões continentais como o nosso Brasil dê um salto de qualidade no que se refere ao ensino e à transmissão de conhecimentos.
 

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