1. O que é o Dia Mundial da Amamentação?

Durante o mês de agosto, uma importante campanha conhecida como "Agosto Dourado" é realizada com o objetivo de promover a conscientização sobre a relevância do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida do bebê, ao mesmo tempo em que estimula a doação de leite materno para os bancos de leite. 

Esse movimento ganha ainda mais destaque no dia 1º de agosto, quando é celebrado o Dia Mundial da Amamentação. Essa data é uma oportunidade de ressaltar os benefícios do aleitamento tanto para o desenvolvimento saudável da criança como para a saúde da lactante. 

  1. Benefícios da amamentação para o bebê

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde e comprovado por inúmeros estudos científicos, o leite materno é indiscutivelmente superior aos leites de outras espécies em termos de benefícios para a saúde do bebê.

São inúmeras as vantagens de incentivar o consumo do leite materno nos primeiros seis meses de vida, e idealmente até os três anos, período em que geralmente ocorre o desmame natural. 

Esse alimento excepcional é especialmente projetado para atender às necessidades nutricionais do bebê em seu desenvolvimento inicial, proporcionando-lhe os nutrientes essenciais para um crescimento saudável.

O Caderno de Atenção Básica sobre o Aleitamento Materno e Alimentação Complementar do Ministério da Saúde destaca uma série de vantagens do leite materno, as quais incluem:

  • Prevenção contra morte infantil: Graças aos diversos componentes nutritivos presentes no leite materno, estima-se que seu consumo possa evitar até 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo, relacionadas a causas preveníveis (NUNES, 2015);
  • Prevenção contra diarreias: A amamentação é eficaz na prevenção de diarreias e influencia na gravidade dessa doença. Comparando crianças não amamentadas com as amamentadas, as primeiras apresentam um risco três vezes maior de desidratar e morrer devido à diarreia;
  • Evita infecções respiratórias: Diversos estudos demonstraram que o leite materno protege contra infecções respiratórias e ajuda a reduzir a gravidade dessas doenças;
  • Redução do risco de alergias: O consumo do leite materno nos primeiros meses de vida pode reduzir o risco de alergia à proteína do leite da vaca, dermatite atópica, asma, sibilos recorrentes e outros tipos de alergia (VAN ODIJK, 2003);
  • Diminuição do risco de hipertensão, colesterol e diabetes: A OMS publicou uma revisão que concluiu que indivíduos amamentados apresentam pressões sistólica e diastólica mais baixas, níveis menores de colesterol total e um risco 37% menor de desenvolver diabetes tipo 2;
  • Desenvolvimento cognitivo: Evidências sugerem que o aleitamento materno contribui para um melhor desenvolvimento cognitivo (HORTA, 2007);
  • Consumo de nutrientes essenciais: O leite materno contém todos os nutrientes essenciais necessários para o desenvolvimento do bebê, sendo capaz de suprir sozinho todas as necessidades da criança nos primeiros 6 meses de vida.

 

  1. Benefícios da amamentação para as mães

Além dos benefícios para os bebês, a amamentação desempenha um papel crucial e benéfico também para as lactantes. 

De acordo com o Caderno de Atenção Básica sobre o Aleitamento Materno e Alimentação Complementar do Ministério da Saúde, existem diversas vantagens para as mães, tais como:

  • Proteção contra o câncer de mama, ovário e útero: O leite materno tem sido associado à redução do risco de câncer de mama, útero e ovário. Estudos estimam que a cada 12 meses de amamentação, o risco de contrair câncer de mama diminui em 4,3% (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015);
  • Prevenção contra nova gravidez: Com uma eficácia de 98%, a amamentação pode evitar uma nova gravidez, desde que a lactante esteja amamentando exclusiva ou predominantemente e ainda não tenha menstruado (SILVA, 2017);
  • Proteção contra diabetes tipo 2: Estudos sugerem uma redução de 15% na incidência de diabetes tipo 2 para cada ano de lactação (STUEBE, 2005), resultado de uma melhor regulação da glicose em mulheres que amamentam;
  • Diminuição do sangramento pós-parto: A amamentação também pode contribuir para uma redução do sangramento após o parto, auxiliando no processo de recuperação pós-parto;
  • Rapidez na perda de peso: A prática da amamentação pode ajudar as mães a perderem peso adquirido durante a gravidez de forma mais rápida, contribuindo para uma volta mais saudável à forma física anterior.

 

  1. Doação de leite materno

Em determinadas situações, algumas mães não conseguem prosseguir com o aleitamento de seus bebês, tornando a doação de leite uma prática de extrema importância.

Qualquer mulher saudável e que não esteja fazendo uso de medicamentos que interfiram na amamentação pode se tornar uma doadora de leite. Para obter mais informações sobre o processo de doação, o Ministério da Saúde oferece o canal Disque Saúde 136.

Ao doar leite materno, essas mulheres contribuem para proporcionar uma nutrição essencial aos bebês e podem fazer toda a diferença na saúde e no desenvolvimento dessas crianças.

  1. O papel do profissional de enfermagem na amamentação 

O importante papel da enfermagem no aleitamento materno é embasado em conhecimentos científicos atualizados, visando prevenir o desmame precoce e a baixa produção de leite.

Os enfermeiros desempenham um cuidado abrangente no pré e pós-parto, assegurando o êxito da amamentação por meio de acompanhamento e orientação às gestantes. O Ministério da Saúde destaca que, além do conhecimento básico e habilidades em aleitamento materno, o enfermeiro precisa ter a capacidade de se comunicar claramente e eficientemente com as lactantes.

Para adquirir tais habilidades e conhecimentos indispensáveis, é possível contar com cursos de especialização. Nesse contexto, o Centro Universitário São Camilo oferece a Pós-Graduação EAD em Enfermagem em Saúde da Mulher e a Pós-Graduação EAD em Enfermagem em Saúde da Criança e Adolescente

Ambos os cursos são fundamentais para capacitar os profissionais de enfermagem a oferecerem o melhor atendimento às lactantes e seus bebês.

Essas especializações incluem:

  • Aulas 100% online, proporcionando flexibilidade de estudo;
  • Professores de renome no mercado;
  • Credenciamento e-MEC, garantindo a qualidade do curso;
  • Certificado nacionalmente reconhecido;
  • Duração de aproximadamente 12 meses.

Para obter mais informações e dar início à sua especialização, acesse agora mesmo as páginas dos cursos:

 

Invista em seu aprimoramento profissional e contribua significativamente para promover o aleitamento materno e o bem-estar de mães e bebês.

 

  1. REFERÊNCIAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª edição. Cadernos de Atenção Básica, nº 23. Brasília - DF, 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf

NUNES, Leandro Meirelles. Importância do aleitamento materno na atualidade. Boletim Científico Pediatria, Rio Grande do Sul, v. 04, n.º 3, pp. 55-58, 2015.

Van Odijk, J., Kull, I., Borres, M. P., Brandtzaeg, P., Edberg, U., Hanson, L. A., Høst, A., Kuitunen, M., Olsen, S. F., Skerfving, S., Sundell, J., & Wille, S. (2003). Breastfeeding and allergic disease: a multidisciplinary review of the literature (1966-2001) on the mode of early feeding in infancy and its impact on later atopic manifestations. Allergy, 58(9), 833-843. doi: 10.1034/j.1398-9995.2003.00264.x. PMID: 12911410.

Horta, B. L., Victora, C. G., Gigante, D. P., Santos, J., & Barros, F. C. (2007). Duração da amamentação em duas gerações [Breastfeeding duration in two generations]. Revista de Saúde Pública, 41(1), 13-18. doi: 10.1590/s0034-89102007000100003. PMID: 17273629; PMCID: PMC3556507.

SILVA, L. L. da; SANTOS, V. L. M. dos; ARAÚJO, M. Z. O aleitamento materno como método contraceptivo natural. In: COPRECIS - Congresso Nacional de Práticas Educativas, 2017, Brasília - DF. Anais [...]. Brasília - DF: COPRECIS, 2017. Disponível em: https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/coprecis/2017/TRABALHO_EV077_MD1_SA18_ID555_21082017131758.pdf. Acesso em: 28 jul. 2023.

Stuebe, A. M., Rich-Edwards, J. W., Willett, W. C., Manson, J. E., & Michels, K. B. (2005). Duration of lactation and incidence of type 2 diabetes. JAMA, 294(20), 2601-2610. doi: 10.1001/jama.294.20.2601. PMID: 16304074

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