O governo do estado de São Paulo informou em Janeiro que o número de crianças e adolescentes internadas em UTI com Covid-19 subiu 61% nos últimos dois meses. Além de São Paulo, outros cinco estados também registraram crescimento da internação de crianças e adolescentes. Esse fato é importante porque a internação de crianças e adolescentes tem uma dinâmica própria e exige alguns cuidados que são direitos das crianças e dos adolescentes.
Em Outubro de 1995, o Ministério da Justiça e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovaram o texto da Sociedade Brasileira de Pediatria que discriminou Os Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizados.
Muitos desses direitos ainda são desconhecidos ou ignorados, o que tem levado crianças, adolescentes e suas famílias a situações de sofrimento e complicações desnecessárias. Um desses direitos é o da continuidade dos estudos. O documento declara que as crianças e adolescente têm direito de:
(...) programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar.
Crianças e adolescentes em internação hospitalar têm direito de continuar estudando
Ficar internado num hospital é um desafio para qualquer pessoa. Todos os pacientes ficam ansiosos pelo momento de voltarem para suas casas. Se é assim com adultos, com crianças e adolescentes é ainda mais necessário o acompanhamento e empenho da família e do serviço de saúde para que os prejuízos sejam amenizados ao máximo.
Um dos principais problemas é que a maioria das crianças e adolescentes internados não têm acesso a aulas nos hospitais.
Além de evitar que o paciente tenha sua educação comprometida, o acesso às aulas durante a internação contribui para amenizar os níveis de estresse e ansiedade, ajuda a “passar o tempo” e melhora a resposta do paciente ao tratamento.
Falta de profissionais limita o acesso de crianças e adolescentes às aulas durante a internação hospitalar
A maioria das crianças e adolescentes internados não têm acesso a aulas nos hospitais em razão da falha das unidades de saúde municipais e estaduais em organizar o atendimento educacional especializado para estudantes impossibilitados de frequentar as aulas por motivos de saúde. Um dos motivos dessa negligência é a falta de profissionais habilitados.
Como diz Magdalena Oliveira - coordenadora do Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e Culturais, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) - a classe hospitalar ainda “engatinha” no Brasil, principalmente no preparo dos professores.
Este profissional raro no mercado é o pedagogo hospitalar. O profissional pós-graduado em Pedagogia Hospitalar é a peça-chave no atendimento de crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais por motivo de internação hospitalar.
Se você quer saber mais a respeito e tem interesse em se capacitar nesta área que tem tido um crescimento exponencial por causa da adesão de hospitais públicos e particulares de todo o país, conheça a pós-graduação em Pedagogia Hospitalar do Centro Universitário São Camilo.