Como você já sabe, ESG é a sigla para “Environmental, Social and Governance”; ou seja, meio ambiente, social e governança. O termo é usado para medir as boas práticas que uma empresa adota nessas três áreas. No Brasil também é utilizada a sigla ASG, usada para identificar empresas e investimentos feitos de acordo com fatores ambientais, socialmente responsáveis e de governança.

Na prática, o ESG é uma designação daqueles “investimentos que buscam retorno positivo e impacto de longo prazo na sociedade, nos recursos naturais e no desempenho dos negócios” — observa um artigo do Nubank.

Ou seja, trata-se de um conjunto de critérios, ações e valores éticos que guiam a atuação de uma empresa e as decisões dos investidores.

Quais as práticas de uma empresa ESG?

A primeira coisa é entender como funciona o ESG na prática; o que fica claro ao vermos uma pequena lista de práticas ESG uma empresa pode desenvolver. Os exemplos abaixo constam em um newsletter do Nubank. 

Environmental —  Meio Ambiente

  • Preocupação com mudanças climáticas na cadeia produtiva;
  • Redução de emissões de gases de efeito estufa;
  • Iniciativas para evitar o uso excessivo de recursos, incluindo água;
  • Políticas para armazenamento e descarte consciente de resíduos e poluição;
  • Iniciativas anti-desmatamento.

Social

  • Respeito ao bem estar dos funcionários e às condições de trabalho, incluindo combate ao trabalho análogo à escravidão e trabalho infantil;
  • Projetos que apoiam comunidades locais, incluindo comunidades indígenas;
  • Iniciativas que geram benefícios à saúde e segurança;
  • Projetos que fomentem os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+;
  • Incentivo à diversidade dos funcionários.

Governance — Governança corporativa

  • Práticas anti-suborno e anti-corrupção;
  • Transparência em seus processos e relações com fornecedores;
  • Auditorias frequentes;
  • Iniciativas que evitem a instabilidade política e os conflitos de interesse;
  • Conselho de administração independente.

Como se faz para investir em ESG?

“Para quem deseja investir com foco em ativos ESG, os caminhos são diversos. Um deles é por meio de ações. Ao conhecer as empresas listadas na bolsa de valores que possuem boas práticas dentro de uma agenda de sustentabilidade, é possível escolher um portfólio diversificado de companhias de diferentes setores” — escreve Gustavo Bianch para a Suno.

Pode parecer complicado, mas a verdade é que o investidor brasileiro possui mais opções de investimentos ESG

“Em 14 anos, aumentou em 74% o número de fundos de investimentos que se enquadram na temática sustentabilidade, entre os anos de 2008 e 2022. Até o fim de março de 2022, já existiam 47 fundos com o “selo ESG” — informa o artigo da Suno.

Além disso, para dar mais transparência ao mercado e facilitar a escolha dos investidores, a Bolsa de Valores lançou o índice sustentabilidade (ISE). Como informa a B3:

“O objetivo do ISE B3 é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial. Apoiando os investidores na tomada de decisão de investimento e induzindo as empresas a adotarem as melhores práticas de sustentabilidade, uma vez que as práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança Corporativa, na sigla em inglês) contribuem para a perenidade dos negócios.”

A Bolsa de Valores também disponibiliza a Plataforma ESG Workspace para auxiliar os usuários a traçarem estratégias do ponto de vista ESG com base em scores e em dados relacionados ao ISE B3.

Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o patrimônio dos fundos com a temática ESG passou de R$ 1,03 bilhão em 2008 para R$ 2,01 bilhões em março de 2022.

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