Uma das maiores fontes de cálcio; rico em proteínas e vitaminas, principalmente as do complexo B; primeiro alimento que consumimos na vida, antes mesmo da água…
Você já deve saber de quem estamos falando, né?
Sim, ele mesmo.
O amado e adorado, o temido e odiado: o leite.
Mas como um alimento com tantas vantagens para o organismo humano pode ser alvo de tantas dúvidas e questionamentos, com pessoas chegando, até mesmo, a parar de consumí-lo, mesmo que não haja restrições, como intolerância a lactose ou outras alergias?
Pois bem, eis aqui um alvo de pesquisas, achismos, comprovações e discordâncias frequentes.
Mas não é possível…
Que com tantos prós e contras alguém chegue, definitivamente, a uma conclusão para nos informar se tem só benefícios ou só malefícios?
O leite, assim como tudo na vida, tem seu lado prejudicial e seu lado benéfico para a saúde.
O principal a entender aqui é quando consumi-lo e quando não.
É o que veremos agora.
Benefícios do consumo
Não é à toa que nos é ofertado como primeiro alimento da vida.
Nele há uma potente fonte de nutrição de tudo que um ser humano precisa. E, em se tratando dos primeiros anos de vida, essa fonte de nutrição se transforma em algo essencial e, sem a qual, é bem provável que nossa sobrevivência se comprometa.
E, ao longo dos anos, essa necessidade vai se modificando, mas não a ponto de ser dispensável seu consumo.
Pois, sendo a principal fonte de cálcio, que é um mineral essencial para a formação e integridade dos ossos, e que não é facilmente substituível, temos aqui um alimento importante.
Além de ser altamente nutritivo e conter importantes vitaminas do complexo B (B1, B2 e B12), vitamina A e vitamina D.
E estudos vêm demonstrando que o consumo regular do leite e de seus derivados está associado a um menor risco de desenvolvimento de síndrome metabólica (associação de fatores de risco para doenças do coração), pressão alta, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer devido ao seu valor nutritivo.
É fundamental ingerir pelo menos três porções de leite e seus derivados. Por exemplo: um copo de leite, uma fatia grande de ricota e um pote de 170 gramas de iogurte natural.
Malefícios do leite
Muito se fala sobre a associação do consumo de leite ao desenvolvimento de certos tipos de câncer. No entanto, não há um estudo conclusivo quanto a isso. Não havendo comprovações.
Ao falarmos de pessoas intolerantes à lactose (açúcar do leite), temos aí uma necessidade, sim, do não consumo, por se tratar de uma condição patológica.
Porém, para esses casos, há a possibilidade da ingestão do alimento sem lactose.
Outro fator presente, quando falamos em uma possível redução do consumo, é por conta da redução da lactase, uma enzima que digere o açúcar. E sua baixa se dá, na maioria das vezes, com o avanço da idade. Como consequência, as pessoas que consomem leite e seus derivados apresentam sintomas como enjoo, inchaço abdominal e problemas digestivos.
Outro cuidado que devemos tomar é quando associamos seu consumo ao consumo de alimentos que são fonte de ferro. Pois o leite é um alimento rico em cálcio. E o cálcio reduz a biodisponibilidade de ferro no organismo. Resultando em: quando consumimos alimentos ricos em cálcio junto com alimentos ricos em ferro, absorvemos mais cálcio e menos ferro. Então, é importante consumir o leite em horários diferentes de carnes, por exemplo, alimentos ricos em ferro.
Mas será que podemos substituir leite por outros alimentos de origem vegetal, por exemplo?
A resposta é sim.
No entanto, é preciso atenção nessa substituição.
Pode haver um comprometimento na absorção de cálcio pelo organismo. Pois, embora seja possível atingir a recomendação desse nutriente (1.000 miligramas por dia) sem o consumo de leite e derivados, há um comprometimento relacionado à ingestão de proteínas e alguns micronutrientes como as vitaminas A, B2 e B12, o potássio, o fósforo e o magnésio, uma vez que outros grupos de alimentos não são capazes de atender à nossa demanda por eles.
E, ainda, alimentos ricos em ácido fítico (que se relaciona com a quantidade de fibra) reduzem a capacidade de absorção do cálcio presente em alguns vegetais, mesmo que estes apresentem uma boa quantidade do mineral essencial.
Com isso, será necessária a ingestão de uma quantidade muito grande desses alimentos, a fim de alcançar o mínimo recomendado.