Coletar informações, analisar dados e fatos, produzir conteúdo, planejar, investigar, correr, olhar de longe e de perto, trazer acontecimentos que poderiam passar despercebidos…

O que mais você pensa quando ouve a palavra: profissão jornalista? 

Correria?

Olhar apurado?

Notícias?

Escândalos? 

Tudo isso junto? Nada disso?

Fato é que o jornalismo se divide em muitas áreas, nichos e subnichos, e seus profissionais e colaboradores vão se distribuindo entre os que mais se identificam.

Ou os que aparecem!

Aqui estão três produções audiovisuais que dialogam com essa profissão, que tanto se ocupa de manter a informação circulando.

Nem que para isso precisem circular antes das notícias.

The Newsroom

A série de televisão dramática norte-americana criada por Aaron Sorkin e exibida pela HBO, traz os bastidores do telejornal News Night, de um fictício canal a cabo de notícias, o Atlantis Cable News (ACN), comandado por Will McAvoy que, junto com sua equipe tenta colocar no ar um programa apesar de obstáculos pessoais, comerciais e corporativos.

A ideia aqui é trazer notícias de um passado recente. Acontecimentos que ainda habitam o imaginário das pessoas, o que garante que o telespectador já saiba do que se trata, não sendo necessário se aprofundar tanto em cada matéria.

De acordo com Sorkin, a série tem uma visão menos cínica da mídia, "Eles tentarão se sair bem dentro de um contexto onde é difícil se sair bem quando há preocupações comerciais, preocupações políticas e preocupações corporativas

Os acontecimentos servem como pano de fundo para os dramas interpessoais.

A série foi indicada ao Emmy e ao Globo de Ouro.

Sangue, câmera, ação ou “Shot In The Dark”, no original 

O documentário, dirigido pelo americano Jeff Daniels, foi lançado em 2017 e se divide em oito episódios com cerca de 40 minutos cada. 

Ele narra como 3 empresas "Freelas" lidam com o dia a dia das buscas por notícias. 

Suas competições, estratégias de vendas para as emissoras e, principalmente, quais estratégias usarão, a cada noite, para obter a melhor e mais atrativa matéria. 

Sangue, câmera, ação vem retratar o cotidiano de jornalistas freelancers. 

Como suas jornadas podem ser imprevisíveis, tanto em relação às matérias quanto com relação a seus salários. Suas correrias em busca de alguma empresa que queiram comprar suas matérias. E os riscos que correm para alcançar a "história da noite", como chamam. 

Diferentes pontos de vista sobre uma mesma situação, como cada cinegrafista vai enxergar e decidir capturar as cenas, quais escolhas éticas e morais farão.

Se você é um profissional do jornalismo "freela" ou tem interesse em se aprofundar nesse universo, não deixe de assistir. 

The Morning Show

The Morning Show, série original Apple TV+ se situa em um ambiente televisivo, no qual tensões trazidas do mundo do jornalismo são latentes e se combinam com temas atuais como polarização política, representatividade, feminismo e cultura do cancelamento.

 Criada por Jay Carson, que trabalhou com política nacional e internacional, sendo secretário de imprensa de Hillary Clinton em 2008 e vice-prefeito de Los Angeles (2009–2010) antes de entrar na carreira cinematográfica, faz com que a série esteja intimamente conectada com as notícias mais atuais.

Isso faz com que a série se interesse por contar os bastidores de um ambiente televisivo pelo olhar de quem faz notícia. 

A primeira temporada, que foi ao ar em 2019,trouxe temas super atuais e polêmicos na época, em que os escândalos sexuais de celebridades e o movimento #MeToo dominavam o cenário norte-americano. 

Já a segunda temporada, que parecia não ser capaz de superar a primeira, trouxe um tema mais que atual e relevante: a pandemia do coronavírus.

Agora que você já está por dentro de três interessantes produções que relacionam audiovisual e jornalismo, já pode começar a maratonar e correr junto dos que correm atrás e na frente dos fatos e notícias.

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