Fazer uma pós-graduação em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos é assumir um compromisso com a sociedade e com a saúde pública. Quem tem interesse na área precisa entender suas funções e importância profissional.
Um exemplo recente é a Covid-19. Quando começaram a debater como o vírus entrou em contato com o ser humano, uma das teorias se baseou nos costumes alimentares chineses. Na ocasião, o principal suspeito foi o morcego, servido em sopa consumida em um “wet market” chinês. A atuação de um especialista em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos estaria na fiscalização e manejo desse alimento. A função poderia ter identificado o perigo, retirado o morcego do mercado e, assim, milhões de vidas seriam salvas.
O Brasil enfrenta seus próprios gargalos no setor e essas falhas já causaram fatalidades. Esse é um dos motivos pelo qual essa área tem tantas opções de carreira no território nacional.
Oportunidades de carreira para profissionais pós-graduados em Vigilância Sanitária e Qualidade dos alimentos
- Funcionário público:
Também conhecidos como concursados ou servidores públicos, esses profissionais exercem funções entidades que recebem verba pública. No Brasil, a maior fonte de vagas de emprego nessa área é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em 2024 foi publicado um edital com 50 vagas para o cargo de Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária, com salário inicial de R$16.413,35. Na ocasião a concorrência foi de 171 candidatos por vaga.
Contudo, além da Anvisa, especialistas em Vigilância Sanitária também podem trabalhar para prefeituras ou secretarias estaduais de saúde. Somando as duas possibilidades, em 2024 foram oferecidas mais de 270 vagas em diferentes cidades e estados do Brasil. Os benefícios de ser concursado são vários e, dentre eles, os que mais chamam atenção são:
- Estabilidade: um profissional que passou em concurso público e cumpriu o estágio probatório com sucesso, não pode ser demitido sem justa causa. Segundo o Governo Federal, isso se deve ao fato de que as demandas do Estado são contínuas e é mais fácil lidar com elas quando os profissionais a conhecem bem.
- Salários competitivos: Em geral, o salário dos servidores públicos é acima da média do mercado privado. Principalmente para carreiras com alto nível de especialização - como fiscalização e regulação, ambas comuns para especialistas em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos. Um comparativo possível é através da Tabela Salarial da Catho, a qual informa que um gerente de qualidade do setor privado ganha de R$6.000,00 a R$4.000,00 a menos do que um concursado.
- Funcionário em setor privado:
Para quem se especializa em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos visando oportunidades no setor privado, terá que escolher entre uma série de opções. Um profissional pode atuar em setores de qualidade em empresas de produção e processamento de alimentos, ser contratado por empresas que prestam serviço de consultoria na área, entre outras opções.
No primeiro semestre de 2024, o setor alimentício cresceu 19%, com mais de 30 bilhões de dólares em exportação e 70 mil empregos mantidos, muitos ligados à conformidade com normas da Anvisa. Empresas como Brasil Foods, Ambev, Nestlé Brasil, JBS e McDonald’s possuem setores internos de Controle de Qualidade e Segurança Alimentar.
Trabalhando no setor privado, segundo informações do Glassdoor e da Catho, o piso salarial pode ser entre 2 mil reais e 4,5 mil reais, enquanto o teto salarial pode chegar a R$12.000,00. As principais vantagens para o profissional inserido nesse contexto são:
- Empreender: Um pós-graduado em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos que não quer trabalhar para alguém ou depender de concursos públicos imprevisíveis, tem a opção de iniciar uma empresa própria.
Foi o caso da Engenheira Química Andressa kammers. Quando se formou em 2007, já possuía muita experiência e tomou a decisão de abrir sua própria empresa.Ela conta que “a partir de 2017 a AFK Consultoria se tornou Consultoria Oficial da Norma IFS em SC, onde desde então temos mais este serviço na empresa, onde prestamos assessoria para implementação das Normas [...] e agora somos habilitados a ministrar os cursos OFICIAIS da Norma.”
- Experiência global: nesse ponto, existem dois fatores a serem levados em consideração: comunicação de empresas do segmento alimentício com mercados de todo o mundo e empresas multinacionais.
Em ambos os casos, um funcionário da área de qualidade dos alimentos tem que lidar com comunicação entre diferentes culturas, precisa se atentar a normas e regulamentações internacionais e, a depender do caso, estar aberto a ser transferido para o exterior. Para quem tem o sonho de trabalhar e viver fora do Brasil, essa pode ser a melhor opção.
- Ensino, Pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Ensino: Cursos de graduação, de pós-graduação, de extensão e capacitação, preparatórios para concurso público, tanto em instituições de ensino superior públicas quanto privadas. São várias opções para quem se especializa em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos e quer trabalhar com pesquisa ou ser professor universitário.
Instituições de ensino como USP, UNICAMP, UFV, SÃO CAMILO, ANHANGUERA, ESTÁCIO, etc, assim como órgãos públicos como Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) e Anvisa, precisam de profissionais - mestres ou doutores, para lecionar. Se no catálogo de cursos estiverem inclusos Nutrição, Engenharia de Alimentos, Medicina Vet. Biomedicina e assim por diante, haverá necessidade de professores especializados.
- Abertura para carreira internacional: além de estabilidade, reconhecimento e valorização salarial, um professor universitário tem a opção de participar em parcerias globais. Eles fazem intercâmbios, lecionando em diferentes países ou fazendo parte de grupos de pesquisas globais.
Hoje, existem instituições focadas em financiar a mobilidade acadêmica entre as universidades do mundo. Por exemplo, a Erasmus+, que sozinha teve mais de 200 mil professores e pesquisadores participando da mobilidade.
Inovação e sustentabilidade: Não é uma novidade que o sistema de produção de alimentos e a agropecuária estão enfrentando desafios causados por mudanças ambientais e pela demanda de uma população que não para de crescer.
Para vencer esses obstáculos, surge a necessidade de inovação. Tecnologias para cultivo sustentável, pesticidas que não agridam o meio ambiente ou a saúde, ferramentas que possibilitem plantação e criação de animais de forma mais saudável e humanizada, e tudo isso é fruto do P&D.
- Incentivos governamentais:
O Estado aplica seu capital à pesquisa em caso de problemas sociais graves, o qual é o caso da produção de alimentos. Atualmente no mundo, 1 pessoa a cada 11 passa fome, são 733 MILHÕES de pessoas sem ter o que comer.
Reconhecendo esse cenário preocupante, o governo oferece subsídios para projetos como o Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar, Erradicação da Fome e Inclusão Socioprodutiva. Só aqui foram 500 milhões de reais investidos no combate à fome e à pobreza, com foco em apoiar negócios locais e desenvolver tecnologias para aumento de produtividade.
Conclusão:
Seja nos setores privado, público ou acadêmico, se especializar em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos abre as portas certas. Além disso, independente de em qual área o profissional atuar, seu cargo sempre será essencial. É uma forma garantida de se realizar profissionalmente, garantir retorno financeiro e fazer a diferença.
Tenha qualificação para alcançar o teto salarial de qualquer ramificação da Vigilância Sanitária ou Qualidade dos Alimentos através de aulas focadas em ferramentas de gestão e legislação. Com a Pós EAD São Camilo em Vigilância Sanitária e Qualidade dos Alimentos, você tem tudo isso e ainda conta com um corpo docente renomado.
