Casar e procriar, por muito tempo, foi a função e a "funcionalidade" atribuída às mulheres.
Com o passar do tempo, com os avanços sociais, políticos e econômicos, a mulher foi sendo tirada, ou saindo por conta própria, desses papéis totalmente desprestigiados.
Daí até serem reconhecidas enquanto os seres singulares e cheios de complexidades foi uma jornada.
No Brasil, por exemplo, somente no início do século ela passou a ser olhada também em sua dimensão fisiologicamente complexa.
A saúde da mulher passou a ser incorporada às políticas nacionais de saúde, quando se pensava em atender demandas de gestação e parto.
Saúde das mulheres
Mulheres somam mais de 50% da população brasileira.
São responsáveis por movimentar, direta ou indiretamente a economia. Promovem todo o trabalho de base para a sustentação de uma casa, de uma família.
E só nas últimas 3 décadas passaram a ser vistas como seres que necessitam de cuidados especiais. Não por representarem a parte frágil da humanidade. Mas porque existem questões fisiológicas, metabólicas, de saúde física e mental específicas.
E não apenas quando nos referimos à saúde ginecológica. Essa também é de extrema importância, mas não só.
Vamos entender melhor, abaixo, sobre esse cuidado e atenção que precisam ser destinados a cada uma das mulheres…
Cuidados com a saúde da mulher
Muitos são os cuidados que devemos dedicar à saúde, de modo geral. No entanto, quando estamos falando sobre a saúde da mulher, existem passos essenciais a serem dados para que se assegure uma vida saudável em sua integralidade.
São eles:
– Saúde ginecológica
É de extrema importância que mulheres façam exames regularmente, para acompanhar a saúde íntima e do sistema reprodutor.
A chefe da Unidade de Atenção à Saúde da Mulher, da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), da Universidade Federal do Ceará (UFC), Muse Santiago, explica:
“As mulheres devem cuidar de sua saúde ginecológica por meio da prevenção de gravidez não planejada; da escolha adequada de métodos anticoncepcionais; do autoexame mamário e da realização de mamografia periódica (a depender da idade) para identificação de nódulos ou outras alterações”.
Além da necessidade de se observar alterações no ciclo menstrual, verrugas, dor pélvica e sangramento após menopausa.
É importante conhecer o corpo. Saber como reage, como se comporta durante o mês, para perceber quando houver qualquer alteração fora do normal.
– Saúde mental e psicológica
Nas diferentes fases do ciclo menstrual, na gravidez, na amamentação e na menopausa ocorrem mudanças hormonais significativas no corpo da mulher. Essas alterações vertiginosas acabam por trazer certa instabilidade.
Além do fato de que vivemos em uma sociedade onde o corpo da mulher é quase que "propriedade pública", no qual todos têm o poder de definir regras para seu funcionamento e apresentação.
Avançamos bastante quanto aos direitos e lutas, mas ainda há muito a ser resolvido.
Essa série de situações colocam a saúde mental da mulher em risco.
Portanto, é necessário, quando identificada a necessidade, que haja um acompanhamento devido e que sejam considerados e levados em conta todos esses fatores.
– Período pré e pós-menopausa
Após a menopausa, é comum que haja o surgimento de doenças que até então não existiam. Como diabetes, hipertensão, artrite reumatóide, osteoporose, cânceres.
É preciso que haja acompanhamento constante e atento para que esses males não passem a fazer parte do dia a dia das mulheres que entraram na menopausa.
– Gravidez, pré-natal e neonatal
Toda a tensão que envolve uma gestação é justificada pela quantidade de morbidades que podem acometer gestante e bebê.
Com isso, toda a atenção profissional precisa se voltar para o período pré-natal.
Segundo Muse Santiago,
"Durante o acompanhamento pré-natal, é possível identificar doenças como hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas, anemias, doenças infecciosas (sífilis, por exemplo). Seu diagnóstico permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher não só durante a gestação, mas também por toda a sua vida.”
É possível identificar uma série de doenças ao realizar um acompanhamento pré-natal. Como, por exemplo:
– Cânceres
Existem alguns tipos de câncer que têm maior incidência em mulheres. Como é o caso do câncer de tireóide, de pulmão, cólon e reto. Além dos de mama e útero.
A incidência de câncer de tireóide é três vezes maior em mulheres do que em homens.
É necessário que haja um acompanhamento ginecológico, mas também das outras especialidades.
E investir na promoção de saúde, com bons hábitos alimentares e exercícios.
A área da Enfermagem está cada vez mais desenvolvendo recursos para dar conta das especificidades. E com a saúde da mulher não é diferente.
Pesquisas e estudos são desenvolvidos a todo tempo, para que todas as demandas sejam atendidas.
Além do investimento em bons profissionais.
A São Camilo oferece sua pós-graduação nas áreas de Enfermagem. Lá você encontra essa especialidades e muitas outras.
Confira!