O BBB 25 mal começou e já virou pauta. A internet está cheia de notícias e fofocas sobre o que acontece dentro e fora da casa mais vigiada do Brasil e, nessa semana, a sister Daniele Hypolito ganhou os holofotes e chamou atenção para uma situação pela qual passou há alguns anos.
Em 2023 a ex-ginasta foi paciente renal crítica e, nos momentos de maior desespero, começou a se despedir da família. Diagnosticada com pielonefrite, chegou a ser hospitalizada cinco vezes, fez duas cirurgias e passou dez dias no Centro de Terapia Intensiva (CTI).
Pielonefrite: o que é, causas, sintomas, tratamento e o papel do enfermeiro nefrologista
Definindo em uma frase, pielonefrite é uma infecção bacteriana nos rins. Ela se desenvolve a partir de uma infecção urinária e, por isso, é mais comum em mulheres, que - anatomicamente - têm o trato urinário mais vulnerável, em números, mais de 10 milhões de brasileiras a cada ano registram casos da doença.
Em 2023, a sister do BBB, Daniele esteve inclusa nesse grupo. Ela teve uma infecção urinária não diagnosticada e seguiu com sua vida. A saúde não virou preocupação nem com a febre persistente e o vômito - primeiros sintomas que apresentou. Ela só foi para o hospital quando seu corpo passou a rejeitar até mesmo água.
Com exames laboratoriais e de imagem, a equipe de enfermeiros e médicos a diagnosticou com pielonefrite grave. Devido aos sintomas indicando que outros órgãos estavam em perigo, ela foi internada na CTI.
A ex-ginasta também apresentou alterações na pressão arterial e dores nas costas, outros sintomas comuns. Outros sinais de alerta são: urina turva (com ou sem odor forte), sangue na urina, sudorese e dor pélvica.
O tratamento é feito com uma rotina de antibióticos intravenosos ou orais - a depender do grau de gravidade e da evolução do paciente. Enfermeiros nefrologistas tem que se atentar a manter regularidade nas dosagens e horários, além de desidratação, função renal (retenção de líquidos, acúmulo de toxinas), abscessos renais, necrose, hipertensão, eletrólise e respiração.
Singularidades e complicações no caso de Daniele Hypolito
Daniele teve três problemas de saúde no período em que esteve doente. Além da pielonefrite, ela teve também um agravante no sistema respiratório e uma pedra nos rins infectada. Apesar de não parecer, tudo está relacionado:
1º: a pielonefrite enfraqueceu a ex-atleta imunologicamente. O quadro deixou o corpo vulnerável para outras bactérias e o sistema respiratório foi atacado. Os seios nasais foram obstruídos e ela precisou de cirurgia.
2º: os rins e suas funções foram afetados pela infecção original, juntando isso ao comprometimento do sistema imune, o ambiente ficou ideal para o crescimento de um cálculo renal infectado por bactérias. Foi necessária outra cirurgia para removê-lo.
Estudo de caso: paciente fica duas semanas internada na UTI devido a uma pielonefrite.
Elma, 47 anos, deu entrada no hospital com queixas de ardência para urinar, dor nas costas e alegando cálculo renal. No atendimento, foram feitos exames que indicaram uma infecção na urina.
A equipe focou na dor e em encontrar a pedra que estaria causando todos os sintomas. Foi feita uma tomografia com contraste e, enquanto Elma estava em observação, teve outra crise de dor, dessa vez se constatou que frequência cardíaca e a glicemia estavam elevadas.
Ela foi encaminhada para a emergência e, após melhorar, para a enfermaria onde ficou três até a chegada do laudo da tomografia. O diagnóstico final foi inconclusivo e a paciente foi encaminhada à urologia.
Nos dias seguintes ela apresentou febre, crises de vômito, diarreia, fraqueza, pressão baixa e abdome agudo. Elma foi internada e, confirmando a gravidade do caso, transferida para um hospital maior, onde ficou por três semanas, duas na UTI e uma na enfermaria. Seus rins quase pararam de funcionar.
A equipe do hospital, no entanto, tinha profissionais especializados e qualificados. Os enfermeiros nefrologistas foram fundamentais na reversão do quadro e na vindura recuperação da paciente.
Conclusão
Uma especialização não faz diferença só na vida profissional, na saúde ela pode ser o diferencial que vai salvar a vida de alguém. Em casos tão delicados quanto a pielonefrite, quanto mais qualificação um enfermeiro tem, menores são as chances de erros como introduzir contraste em um paciente que já apresenta os sinais de um sistema renal comprometido.
Se Elma tivesse tido acesso a profissionais pós-graduados desde o primeiro momento, seu quadro talvez não tivesse se agravado tanto. O mesmo pode ser dito para Daniele, que - apesar de ter tido um diagnóstico rápido para a pielonefrite - teve de voltar ao hospital várias vezes por que ninguém se preparou para as consequências do seu caso.
Você teria tomado as decisões certas em ambos os casos? Teria qualificação para opinar com a equipe de tratamento e informação para contribuir de forma positiva nas experiências que essas pacientes teriam? Se a resposta for negativa, então você tem duas opções:
- Continuar como está e seguir conformado com o que uma graduação possibilita para sua carreira - seja financeira ou profissionalmente; ou
- Sair da zona de conforto e iniciar o curso de Pós-Graduação em Enfermagem em Nefrologia da São Camilo. Seja especialista em terapia renal para atuar em socorro de emergência e avaliação clínica em uma das áreas com maior demanda de profissionais da enfermagem.