É a maior festa do mundo, são quatro dias de folia e muito samba”, para os roteiristas do filme Rio (2011) esse é o Carnaval brasileiro. Apesar de ser uma visão muito minimalista, ela não está de todo errada. A comemoração movimenta o país de norte a sul, muda a rotina dos brasileiros, a programação televisa e já virou até feriado.

A celebração tem séculos de história - remonta da colonização portuguesa - mas o formato atual, com os blocos de rua, escolas de samba e sambódromos, só começou a se formar no século XIX. Inclusive, foi em 1984 (com a inauguração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí) que o Rio de Janeiro passou a ser o epicentro do Carnaval e, consequentemente, o cenário para a animação citada. 

Falando em números, esses quatro dias de festa são responsáveis por grandes movimentações monetárias, de pessoas e no mercado de trabalho. Em 2024,a prefeitura carioca estimou um fluxo de R$ 5 bilhões, resultado dos setores de turismo, eventos, transportes e publicidade. Contando com o setor alimentício - que teve um público de mais de 7 milhões de pessoas - esse número é ainda maior. 

Todos os anos, milhões de turistas saem de suas cidades natais em busca dos polos carnavalescos. Cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Recife recebem algo entre 1,5 milhão e 16 milhões de turistas (nacionais e internacionais) por ano. Já em vagas de emprego, as oportunidades temporárias batem recordes. 

Órgãos públicos e empresas privadas precisam se preparar para dar conta desse público e evitar desordem e prejuízos. As buscas por educadores sociais, agentes de turismo e segurança, fiscais e profissionais de várias áreas é enorme. Em 2024, só na capital paulista, foram mais de 20 mil vagas. Para 2025, a estimativa de contratações entre janeiro e março é algo em torno de 800 mil funcionários a nível nacional. Essa mudança no mercado de trabalho também inclui a área da saúde. 

Os bastidores da folia: o impacto do carnaval nos serviços de saúde e emergência

O Carnaval é uma das celebrações mais rentáveis do país - se não a mais rentável. É literalmente um período de festa e descanso, onde dentistas cruzam a avenida em trajes brilhantes e dançando como se fossem profissionais (mais uma referência ao filme Rio). Contudo, alguns usam essa liberdade ao extremo, com consequências à integridade física individual e ao sistema de saúde coletivo. 

Do sábado de Carnaval até a quarta-feira de cinzas, o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) - em Goiás - registrou cerca de 1.000 atendimentos, ou seja, aproximadamente 250 foliões precisaram de atendimento médico urgente por dia. Segundo a administração do hospital, esse número representa um aumento de 25% em relação à rotina normal

Muitos hospitais no Brasil registram dados semelhantes. Em Roraima, por exemplo, o HGR atendeu 1.238 pacientes. Os prontuários desses milhares de incidentes envolvem acidentes de trânsito, quedas, traumas, agressões, afogamentos, intoxicações, desidratação e overdose. No Carnaval de 2019, 54% desses atendimentos foram em socorro de pessoas que abusaram de bebidas alcoólicas e entorpecentes.

Esse último dado tem ainda mais um agravante: os acidentes de trânsito. Entre 2021 e 2023 as seguradoras registraram, por dia de Carnaval, uma média de 16,2 sinistros de trânsito relacionados ao consumo de substâncias. Ou seja, em três anos foram quase 200 incidentes, um aumento de aproximadamente 25% em relação à média de 12,7 sinistros diários nos demais dias do ano. ​

Mercado de trabalho no carnaval: oportunidades em vagas temporárias para profissionais da saúde

Para lidar com esse período conturbado, as instituições de saúde aumentam seu corpo de funcionários. As contratações temporárias de médicos, enfermeiros e técnicos ocorrem todos os anos em diversas cidades do Brasil. Para o carnaval de 2025, Paulista (PE) convocou 37 profissionais da saúde, enquanto Foz Iguaçu preencherá 17 vagas

O Distrito Federal e Recife abriram mais de 100 oportunidades para condutores de veículos de emergência e padioleiros. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais e, a princípio, a duração de contrato é de 6 meses, mas pode ser prorrogada para 12 meses. ​

Quanto à remuneração, dependendo do cargo ocupado e do local, ela pode variar de R$ 1.500,00 a R$ 16.000,000. Apesar do caráter temporário, a maioria desses empregos tem chances de efetividade, além de contarem como uma experiência rica no currículo. Para os profissionais com interesse e possibilidade, é uma chance de aumentar o interesse dos recrutadores, ter experiências reais, contar com uma renda extra, criar redes de networking e nutrir oportunidades para o futuro. 

Agora, para quem se formou na saúde para fazer a diferença, cuidar de pessoas e salvar vidas, existe ainda mais um benefício: realização. Ocupar uma dessas vagas ajuda a desafogar o sistema, o que alivia a sobrecarga de trabalho e garante um atendimento melhor e mais eficaz aos pacientes. 

Lembrando que a quantidade diária de pacientes - com filas enormes, demora nos atendimentos e pacientes passando mal na sala de espera - já é um desafio para o sistema de saúde, com o aumento de incidentes relacionados ao Carnaval, fica ainda pior. Nesses momentos, um profissional da saúde qualificado faz a diferença não só para quem festejou demais, mas para todas as outras pessoas que poderiam ter ido parar no pronto socorro em qualquer outro dia do ano. 

Conclusão

O Carnaval reforça alguns dos melhores pontos da cultura brasileira e ajuda a economia a girar. São milhões de reais impulsionando várias áreas do comércio e muitas felicidades e celebração pelas ruas de todas as cidades do país. Contudo, também tem seu lado negativo. Os quatros dias de festa também estão no ranking de datas com maior movimentação de pacientes em instituições de saúde. 

O pico cria oportunidades de emprego temporário para profissionais da saúde. São chances de crescimento, renda, networking e realização que destacam o currículo em futuros processos seletivos. E quanto mais qualificado o candidato melhor é seu desempenho e suas chances de aproveitar esse momento.

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