Como você faz os seus pagamentos hoje? Provavelmente não é com cheque. Com dinheiro? Por incrível que pareça, é cada vez mais raro. Até mesmo os cartões de crédito estão sendo substituídos por smartphones, smartwatch e pulseiras que fazem pagamento por aproximação.
Ao ver como os modos de pagar evoluíram ao longo do tempo, entendemos um pouco mais sobre o que valorizamos e para onde estamos indo.
Com a ajuda do texto que Ricardo Abdalla publicou no Canaltec, reuni os principais dados sobre a evolução dos meios de pagamentos em sete tópicos:
- Escambo (10.000 a.C)
O escambo é a troca de um quilo de feijão por uma galinha, de um pedaço de terra por algumas vacas, por exemplo. O escambo permitia que ambas as partes obtivessem o que precisavam. No Brasil, os primeiros portugueses praticavam o escambo com os índios — que não conheciam qualquer forma de moeda. Os indígenas trocavam diversos artigos que interessavam aos europeus, como pele de animais e madeira por pentes, espelhos e outras quinquilharias.
2. Das conchas às moedas, 1.000 a.C.
As primeiras moedas de bronze surgiram na China por volta de 1.000 a.C .
3. Das moedas para as cédulas de papel, 618 d.C. — 1600
Para evitar o uso excessivo de cobre em grandes transações comerciais, os chineses, que já haviam inventado o papel alguns séculos antes, criaram as cédulas de papel durante a dinastia Tang (618–907 d.C.). No século 13, Marco Polo e outros viajantes do ocidente levaram o conceito para a Europa. Em 1657, na Suécia, o Stockholms Banco, tornou- se o primeiro banco europeu a imprimir cédulas de dinheiro.
4. Cheques (século 18)
Hoje em dia é raridade, mas no passado os cheques já foram muito utilizados. Os bancos ingleses adotaram a ideia e instituíram o uso do cheque, como o conhecemos hoje, entre 1759 e 1772, incluindo sua numeração em série, usada para evitar falsificações do documento.
5. O estabelecimento do Padrão Ouro, 1816–1914
Em 1816, os ingleses adotaram o ouro como padrão monetário, sendo seguidos pelos alemães e norte-americanos em 1873.
6. Os Charge Cards, década de 1920
Nos anos 1920 nos Estados Unidos, o número crescente de automóveis propiciava aos seus proprietários viagens cada vez mais frequentes. Para atender viajantes que precisavam fazer pagamentos longe dos seus domicílios bancários, algumas lojas de departamento e redes de hotéis criaram o Charge Cards e o Charge Plates, uma espécie de avô dos atuais cartões de débito.
7. O surgimento da indústria de cartões, décadas de 1950 e 1960
Em 1949, um empresário chamado Fred McNamara percebeu que havia esquecido a carteira na hora de pagar a conta de um jantar. O incidente o fez pensar em ser livre para gastar o que ele pudesse pagar, ao invés de ficar restrito ao dinheiro que possuísse no bolso. Com esta ideia simples, porém revolucionária, McNamara e um sócio reuniu 27 estabelecimentos e cerca de 200 amigos e lançou o Diners Club Card. O sucesso da iniciativa acabou dando origem à indústria moderna de cartões.
Em 1958, a American Express, que atuava desde 1850 em fretes e transportes de valores, introduziu no mercado um cartão para despesas com entretenimento e viagens. No mesmo ano, o Bank of America lançou na Califórnia o que viria a ser o cartão Visa. Em 1967, quatro bancos da Califórnia criaram o cartão Mastercard.
8. A primeira ATM, 1967
Em 1967, a primeira ATM entrou em operação em uma agência do Barclays Bank, em Londres, inaugurando a era dos pagamentos eletrônicos.
9. Cartões com tarjas magnéticas, década de 1970.
10. Cashbacks e programas de recompensas, 1986.
11. Os Cartões com Chip, década de 1990.
No início dos anos 1990 viu a chegada dos cartões com chips. O chip acrescentou ao plástico a capacidade de armazenar e processar informações, devidamente protegidos por protocolos criptográficos no próprio terminal POS, o que proporcionou um aumento considerável na segurança das transações.
12. Os Sites de Comércio Eletrônico, 1994–2005
Em 1994 aconteceu a primeira compra realizada com um cartão de crédito em um site de comércio eletrônico. Em 1995, Jeff Bezos lança a Amazon.
13. PayPal e o surgimento das carteiras digitais, 1998.
Em 1998, a PayPal — uma startup na Califórnia — criou um serviço que permitia a qualquer pessoa com um endereço de e-mail se cadastrar, enviar e receber dinheiro eletronicamente de outros usuários.
14. Os primeiros pagamentos móveis por SMS, 1999
Pela primeira vez um aparelho celular atuava como um terminal de e-commerce.
15. A fusão entre IoT e pagamentos, 1999 em diante
As trocas comerciais passaram a não mais estar limitadas aos contextos e canais tradicionais. Cada ‘coisa’ ou objeto conectado se converte em um novo ponto de pagamento disponível, uma nova plataforma de comércio em potencial.
16. O surgimento das Plataformas Móveis, 2007
O surgimento das plataformas Iphone e Android abriu um grande espaço de possibilidades para os pagamentos móveis — que se tornariam o centro das atenções na década seguinte.
17. A evolução da IoT, a partir de 2008
Em um dia comum entre os anos de 2008 e 2009, ocorreu um momento bastante singular: pela primeira vez na história, mais ‘coisas’ do que seres humanos estavam de fato conectadas à Internet. Pulseiras, relógios, botões, aparelhos domésticos, assistentes pessoais, veículos conectados e residências inteligentes. Todos estes objetos são atualmente capazes de oferecer experiências de compra onde o pagamento é transparente ou pouco percebido.
18. ApplePay e os pagamentos sem contato autenticados por biometria, 2014
Em setembro de 2014, a Apple anunciou o ApplePay, solução de pagamento móvel combinado a uma carteira digital, em parceria com a American Express, MasterCard e Visa. No ano seguinte, o Android Pay e o Samsung Pay entraram no mercado.
19. Wearables, o corpo como meio de pagamento, 2014
A popularização dos wearables expandiu o universo dos pagamentos móveis para muito além dos smartphones. Em Junho de 2014, a Barclaycard lançou a pulseira de pagamentos bPay, e logo em seguida os concorrentes fizeram lançamentos semelhantes.
20. PIX, 2020.
Pix é um meio de pagamento eletrônico instantâneo e gratuito oferecido pelo Banco Central do Brasil a pessoas físicas e jurídicas. Foi lançado oficialmente em outubro de 2020. O PIX reforça o abandono às cédulas e aos cartões de crédito. Basta um celular para que as transações sejam feitas em tempo real e sem custos.
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